Deputado General Girão
Não é segredo para ninguém que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi contra a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal e aprovada no ano passado. Os militantes esquerdistas sempre bradaram que lutavam a favor dos mais pobres e contra as “elites”, e que, por meio daquele “nefasto” projeto, o governo Bolsonaro queria sufocar os trabalhadores menos abastados e proteger os ricos.
Chegaram a negar o déficit da previdência, indo contra todos os estudos realizados por economistas e juristas do País, os quais alertavam sobre as mudanças demográficas que inviabilizavam o antigo sistema. Vale dizer que, em nome do populismo, o PT praticava o negacionismo científico.
Agora, no entanto, a conta chegou ao âmbito estadual, ante o eminente perigo de quebra do Sistema Previdenciário. Interessante ver hoje a Governadora, ferrenha opositora ao projeto federal, falando em “sacrifício e reconstrução” para que o Rio Grande do Norte não fique ingovernável.
Pelo projeto do PT, um servidor estadual ativo que ganha um salário mínimo terá sua alíquota previdenciária aumentada de 11% para 12%. E um que recebe R$ 5 mil mensais, por exemplo, sobe de 11% para 13%. Por sua vez, no âmbito federal, um servidor ativo que recebe um salário terá sua alíquota mínima diminuída de 11% para 7,5%, e o que recebe R$ 5 mil mensais terá sua alíquota aumentada somente de 11% para 11,3%.
Conclusão: a reforma apresentada pelo PT é bem mais dura com os pobres do que aquela que foi defendida e aprovada pelo Governo Federal.
Por que o PT foi contra a reforma da previdência em âmbito Federal? Por que traz agora regras mais duras para aqueles que são mais necessitados? A resposta é simples: hipocrisia e populismo. Não há qualquer projeto de defesa dos mais pobres. Há somente projeto para perpetuação no poder, oposição ideológica e assalto aos cofres públicos.
Fica clara, portanto, as divergências entre os discursos e as ações práticas. É triste ver a antiga senadora e atual governadora, que antes bradou contra a reforma, impor aos cidadãos — principalmente os mais pobres — condições mais duras que no âmbito federal.
Episódios como esse, contudo, permitem ao povo potiguar reconhecer as falsidades da esquerda e preparar sua resposta, oportunamente, nas urnas.