Segurança de Estado

In Artigosby General Girão

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Por mais incrível que possa parecer estamos vivendo nos últimos 30 anos uma crise interna das mais sérias que nossas gerações já enfrentaram, e por sorte ainda não entramos numa guerra civil.

Os desmandos e a falta de segurança dos bens públicos e das pessoas deixaram de ser camuflados e foram mostrados “on-line” quando das manifestações ocorridas durante a Copa das Confederações.

Aqueles fatos têm se repetido semanalmente nas grandes cidades, gerando insegurança e destruição de bens públicos e privados, com um número incrível de mortes de pessoas, além das deficiências no atendimento às necessidades básicas da população.

O grito das ruas ainda não foi bem interpretado pelos políticos de plantão, o que pode nos levar a deduzir que a renovação nos Legislativos e Executivos de todo o País será uma resposta da população a esta deficiência “auditiva ou perceptiva”.

Aconteceram propostas para mudanças ou melhoria do que foi mostrado como inaceitável, mas mais uma vez a capacidade de interpretação ficou muito aquém do que o povo realmente precisa.

Isto nos leva à seguinte indagação e conclusão parcial: o que realmente o povo deseja com essas idas às ruas é de ser ouvido e atendido nas suas necessidades básicas.

Acreditar que estamos numa democracia participativa, apesar das diversas tentativas de conferências em vários níveis nos Estados é inaceitável. Afinal de contas, se a população estivesse satisfeita com as ações políticas não estaria indo às ruas protestar contra a situação atual.

Acreditar que “a voz das ruas” vai se calar é uma conclusão não muito inteligente, porque a realidade atual é de que, o que rotineiramente tem acontecido no Rio de Janeiro e em São Paulo vai deflagrar também nas demais capitais e grandes cidades.

E ainda precisamos, no momento, dar solução às falhas na área de Inteligência de Estado.As notícias de que autoridades máximas da República e empresas estatais foram espionadas por funcionários dos Estados Unidos e Canadá trouxe ao conhecimento público uma fragilidade que ameaça seriamente a soberania nacional.Não podemos aceitar que servidores de Estado, que são os responsáveis pela guarda e uso de informações vitais do País, estejam tão vulneráveis assim, parecendo até acreditarem em “Papai Noel”, de tão ingênuos.
A proteção das riquezas nacionais deve merecer um profissionalismo rigoroso e atitudes firmes de punição aos vazamentos e cobrança das falhas que venham a ocorrer.

Não podemos admitir que haja ameaça à soberania brasileira sobre as riquezas e bens nacionais. Do mesmo modo que não admitiremos que sejam apresentadas propostas de divisões territoriais ou criação de Estados dentro do Estado.

Isto requer atitude! E atitude é o que nós, cidadãos, queremos dos políticos de plantão atualmente.

Atitude de respeito ao bem público, de respeito ao próximo, de respeito à ética e de respeito às Leis.

O País merece funcionar como um grande sistema e não como grandes esquemas ligando todos os setores básicos de funcionamento do Estado.