General Girão (*)
25 de setembro de 2020
É um absurdo, inadmissível, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, eleita pelos potiguares, querer transferir as responsabilidades de seus atos impensados para o Governo da Bahia, ao admitir, publicamente, que “levou um calote” na compra dos respiradores, em caráter emergencial. Esse absurdo começou como parte de uma aventura política contrária ao que prega a Constituição Federal, ferindo o pacto federativo. Esse “consórcio de governadores”, com viés de esquerda e sem nenhuma garantia contratual, negociou com uma empresa não especializada na venda desse tipo de equipamento. Governadora, a Sra. brincou irresponsavelmente com o dinheiro público, com o nosso dinheiro, repassado pelo Governo Bolsonaro, e que deveria ter sido usado aqui no Rio Grande do Norte, em benefício da cadeia produtiva e da população. Essa incompetência em gerir um Estado que vem sendo enganado a cada ação imposta por sua administração precisa ser apurada rigorosamente. Assim esperam todos os potiguares, indignados com seu “simples pedido de desculpas”.
Em um momento crucial, por causa da pandemia do coronavírus e no meio de uma crise violentíssima, o Governo Federal não mediu esforços em ajudar, destinando mais de R$ 1,5 bilhão para o nosso Estado. Com o sistema de saúde em colapso, a governadora e seus colegas da região Nordeste, todos de esquerda, voltaram suas atenções para politizar a crise por meio desse consórcio, criado unicamente para afrontar a autoridade do Presidente da República e talvez, executar contratos de compras emergenciais sem o devido processo legal, como se fossem a solução para os problemas existentes, antecipando pagamentos antes do recebimento dos equipamentos, para empresas de existência duvidosa.
Agora, só nos resta esperar que os órgãos fiscalizadores — Ministério Público e Tribunais de Contas — investiguem os fatos para recuperar os quase R$ 5 milhões, responsabilizando quem de direito. A Sra. e seu Partido deveriam ter estudado administração e pensado antes de empreenderem essa aventura de governar nosso Rio Grande do Norte. Os erros de gestão precisam ser assumidos e devidamente apurados, doa a quem doer, responsabilizando aqueles considerados culpados. E, na política, além da condenação correspondente, esperamos também que na hora do voto, atos dessa natureza sejam muito, mas muito bem lembrados. Cuidaremos para que isso ocorra.
(*) Deputado Federal pelo Rio Grande do Norte