Respeito ao próximo o que tenho feito para construir uma sociedade melhor?

In Artigos, Congressoby General Girão

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“A vida é muito curta para ser vivida de forma negativa, injusta ou pequena.”

Esta frase tem sido repetida de várias formas, mas mesmo assim, ainda existem pessoas que adquiriram o direito de se expressarem em público que praticam o contrário, tentando denegrir a imagem de semelhantes, causando males muitas das vezes irreversíveis.
Uma boa forma de viver seria aproveitarmos cada momento para aprendermos e repassarmos aos de nossos relacionamentos, quer sejam privados ou públicos, aquilo de melhor tenhamos em nossas mentes.
Claro que, como seres humanos, somos falíveis e, às vezes ou algumas vezes, mesmo que sem querermos, possamos passar ou praticar atos, coisas ou palavras que venham a ser configurados como maus exemplos.
Nesses casos, recebemos de nossas formações, moral, espiritual e intelectual, ensinamentos que nos ajudam a decidir entre o bem e o mal. Isto é, o que achamos certo ou errado.
Esta afirmação pode ser usada em ambos os casos da dicotomia herdada do pecado original.
Algumas pessoas que decidiram agir à margem das leis afirmam que assim o fizeram para se defenderem, evitarem um mal maior, ou simplesmente porque acharam certo agirem daquela forma.
Constatado o problema, a sociedade avalia os fatos, julga o caso e decide se houve ou não o erro. Quando positiva a resposta, determina o modo e o tempo do reaprendizado que lhe será necessário para a reinserção social.
Se nos considerarmos simplesmente membros de uma sociedade, então devemos ajudar no esforço de reintegração à normalidade desses, digamos assim, errantes casuais, ou como diz a linguagem coloquial, marginais. Afinal de contas, se esse esforço de ressocialização vier a falhar, toda sociedade irá arcar com os danos.
No momento em que vivemos em nosso Brasil, precisamos admitir que estamos frente a uma progressão exponencial de crescimento da população com restrição de liberdade.
E se não bastasse essa realidade, ainda precisamos repensar urgentemente na melhoria do sistema prisional, já que a tendência ainda não será de redução. As políticas públicas da área de segurança estão sendo especializadas e aperfeiçoadas, gerando cada vez mais penalidades para os que desobedecem as leis.

Como regredir ou estancar esse crescimento?

Se nada conseguirmos fazer hoje, poderemos amanhã estar frente a uma situação de explosão social dentro das unidades prisionais.
É importante considerar ainda que mesmo cumprindo suas penas essas pessoas devem ser tratadas com dignidade, em condições favoráveis para que possam alcançar a ressocialização, com respeito, sobretudo, às regras impostas pelo sistema.
Para isso, é também oportuno explicitar algumas ações e programas desenvolvidos pela Sejuc para tornar a vida nas prisões do Estado um período de reflexão e preparo para nova etapa da vida. A saúde como condição básica do ser humano recebeu uma atenção especial com atendimentos realizados dentro dos presídios. Atualmente uma equipe multidisciplinar de profissionais, entre eles: dentista, enfermeiro, médico, psicólogo e assistente social, que realizam na Penitenciária, todos os meses, uma média de 200 consultas e procedimentos em nossos reeducandos.
A Sejuc tem buscado ainda apoio de empresários locais para a oferta de emprego para os reeducandos; além dos projetos já em execução, a exemplo da Embrapa que emprega hoje cinco pessoas, sendo renovado por mais um ano, com uma perspectiva de ampliação, bem como de outros em processo de seleção.
Para prevenir a superlotação das carceragens, problema grave nacional, mas que em Roraima não é dos piores, o governo do Estado tem investido em projetos de construção e ampliação das unidades.

As necessidades

Elas devem ser compartilhadas, tanto no campo coletivo quanto no campo pessoal, pois pela própria Constituição Federal a segurança pública é um dever do Estado, mas uma responsabilidade de todos.Assim, é preciso explicar os direitos e deveres de cada ator da sociedade, para que o coletivo seja priorizado, com igualdade de oportunidades. As instalações físicas são reflexos de planejamentos anteriores, e dificilmente conseguem atender à demanda dos agentes de segurança ou da população.
Assim sendo, conforme o rigor das regras orçamentárias as respostas são lentas. Nada disso, entretanto deve ser motivo para que os planejamentos sejam esquecidos ou postergados.
A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social tem a missão de integrar os diversos setores do sistema de segurança e manter estudos permanentes e aproximados da população para que a dinâmica da evolução das necessidades seja atendida plenamente. No momento, deficiências foram identificadas e estão sendo corrigidas para que a população possa sentir a proximidade e a integração do policiamento comunitário. Bem como, para que os agentes da segurança pública sejam valorizados da forma correta e tenham as melhores condições possíveis para exercerem suas funções.
Mas, todas essas mudanças de nada adiantam se não houver uma alteração mais radical: uma mudança de mentalidade.
A oferta de segurança está ligada ao fortalecimento das equipes de policiais, quer pela melhor capacitação e valorização da carreira e pessoal, quer pela aquisição de equipamentos mais modernos ou até mesmo por maiores efetivos.
Investir em qualidade sempre foi e será mais importante do que em quantidade, ou não?
Precisamos entender que essa proximidade com a população será a forma mais direta e rápida para lhe oferecer uma melhor segurança, e assim cumprirmos melhor a missão.
Em relação aos investimentos em materiais e equipamentos, estes sim estão sendo ofertados com maior intensidade, quer por decisão estadual, e também porque a Secretaria Nacional de Segurança Pública está promovendo um equilíbrio entre as necessidades dos Estados com maiores
Problemas na área de segurança pública.
Observe-se que o Rio Grande do Norte não tem prioridade maior nesse atendimento, o que nos alegra, pois os que têm recebido prioridade máxima são porque estão com os mais elevados índices de insegurança.
Assim sendo, conscientes de que os deveres de gestores públicos estão sendo cumpridos, mas que melhorar é preciso, nos curvamos aos que justificam nossa missão, os cidadãos potiguares. Precisamos do seu apoio na busca da melhoria da qualidade de serviços de segurança pública, dando um crédito de confiança nas instituições, e principalmente participando com a força comunitária para que o nosso Estado seja conhecido cada vez mais como referência positiva.