De iniciativa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), os Projetos Famílias Fortes e Reconecte do Governo Federal visam amenizar os problemas de desajustes familiares que são responsáveis pela falta de desempenho dos jovens na escola. Em evento realizado na última sexta-feira (17), em Mossoró, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido aderiu aos Projetos que visam beneficiar inicialmente mais de 600 famílias. Ao lado da Reitora Ludimilla Oliveira, o deputado federal prestigiou o evento de lançamento que também contou com a presença do secretário nacional de políticas públicas de igualdade racial, Coronel Paulo Roberto e da secretária de Desenvolvimento Social e Juventude de Mossoró, Janaína Holanda.
O Projeto Famílias Fortes vai acontecer com 24 ciclos, totalizando 7 encontros, beneficiando 265 famílias. Já o Projeto Reconecte vai ofertar 16 cursos e beneficiar 360 famílias. O primeiro visa promover o bem-estar dos membros da família e, o segundo projeto, reconectar as famílias e os relacionamentos em geral. Nessa fase inicial serão atendidas 360 famílias nos municípios de Mossoró, Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros. Cada um dos projetos contará com 1 articulador, 2 auxiliares e 16 facilitadores/aplicadores que poderão ser acadêmicos ou profissionais de nível médio ou superior. O financiamento será do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Para o deputado Girão, o país precisa atender as demandas da sociedade. “Além da alta taxa de adolescentes viciados em álcool e outras drogas ilícitas, do alto número de menores infratores, gravidez na adolescência e de trabalho infanto-juvenil, por exemplo, o nosso país, principalmente, a Região Nordeste também detém a maior taxa de mortalidade de jovens com idade entre 15 e 29 anos. E esses assuntos precisam ser colocados em pauta diariamente porque precisamos buscar atender todas as demandas, independente de raças e credos. Precisamos trabalhar para atingir a ordem na assistência, na formação, a todos, de igual modo, sem distinção, para atingirmos ao progresso que o país espera sem dividir por classe, etnia ou gênero”, pontuou o general ao elogiar o trabalho que a Ministra Damares Alves vem realizando na pasta na qual ocupa.
Para o secretário nacional Paulo Roberto, falta no país igualdade de oportunidades. “Há uma corrida pela sobrevivência e pelo desenvolvimento social, mas acontece que muitos brasileiros estão atrás da linha de largada o que é um exemplo de injustiça”, refletiu o secretário, informando que o papel da pasta que ele ocupa é promover o desenvolvimento do potencial de cada um para uma largada mais justa.
Para a reitora Ludimilla Oliveira também é papel da universidade trazer as famílias para se integrarem à instituição. “Foi pensando na família dentro da Universidade, qualquer que seja o arranjo, e como esteja essa família é uma preocupação da nossa gestão”, afirmou. A professora exemplificou a importância da Universidade ao encontrar numa comunidade quilombola estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Ufersa atuando profissionalmente, dando verdadeiro exemplo de inclusão social.