Entre meados dos Sec XV e XVI viveu em Florença Nicolau Maquiavel. Em seu livro famoso, O Príncipe, ele descreveu sobre a arte de governar.
Disse Maquiavel: “não há nada mais difícil de controlar, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto de alcançar o sucesso do que liderar a introdução de uma nova ordem. Pois o inovador tem como seus inimigos todos aqueles que se davam bem sob as antigas condições, e defensores mornos naqueles que se deem bem sob as novas ordens.”
Talvez possamos identificar que foi exatamente essa situação que vivemos entre 2019 e 2022, quando Jair Bolsonaro desafiou o “mecanismo” que domina a Nova República brasileira.
Sim, um sistema que foi aparelhado desde os idos dos anos 1960/1970, quando as classes dominantes da academia, da cultura, da política e da mídia se deixaram influenciar por uma doutrina “marxista/gramcista”, visando uma dominação que está levando à destruição de princípios e valores cristãos.
Esses operadores da deturpação de nossa cultura decidiram sorrateiramente se infiltrar junto aos jovens nas universidades, depois no ensino técnico profissionalizante e até nas escolas do ensino básico e fundamental, criando uma geração que não sabe pensar.
Assumiram serem os donos da verdade e estimularam os seus contatos jovens que deveriam crer absolutamente no que ouviam.
Ao mesmo tempo, a grande mídia televisiva infiltrava em nossos lares novelas e programas ditos “culturais”, mostrando e estimulando discussões que nada representavam o alegre jeito brasileiro de ser. Nesses programas induziram até que o “mal vencia”, gerando descrença nos poderes constituídos.
Também mostravam deturpações nos pensamentos religiosos, gerando também descrença na fé e estimulando a prática da violência, como sendo uma maneira de se dar bem na vida.
O poder pátrio passou a ser questionado, digo desrespeitado e com isso a teoria Gramcista chegou ao seu auge. Sabemos bem que a destruição da família é um dos objetivos do comunismo para a total dominação.
A criação do Estatuto da Criança e do Adolescente em julho de 1990, previsto inicialmente para a proteção da geração de jovens e crianças, foi uma das maiores afrontas a esse poder pátrio. Já se vão mais de 33 anos sem alterações para que sejam corrigidos os erros desse instrumento de controle social.
Temos que admitir uma falha em nossa geração, porque foi necessária essa criação para a proteção das crianças e jovens desamparados pela família, cada dia mais esfacelada.
Entretanto, essa proteção extrapolou muito os limites garantidores da harmonia da sociedade, gerando cada vez mais distorções dentre os menores, inclusive deixando de protegê-los. Na prática de crimes, os marginais passaram a adotar o hábito de incriminar os menores em função da redução da punibilidade.
Tudo dentro da vontade determinada pela “esquerda” de dominar a sociedade explorando suas fraquezas, para que o exercício do poder de sua parte pudesse se perpetuar.
Tramas tão bem arquitetadas para justificar a posse do poder, independente dos meios adotados, que certamente causariam inveja a Maquiavel, que afirmava: “os fins justificam os meios”.
Brasília, 9 de agosto de 2023
General Eliéser Girão Monteiro Filho
Deputado Federal do PL/ RN