Por: General Girão
Deputado Federal
Devido ao clima semiárido e aos anos de corrupção na indústria da seca, o Nordeste enfrentou historicamente períodos de escassez de recursos naturais e humanos. No entanto, com os avanços das tecnologias de geração de energia eólica e solar, a região tem se destacado cada vez mais em investimentos, chegando a contribuir com impressionantes 83% da produção nacional de energia renovável.
Além disso, o Nordeste tem liderado a pesquisa e produção de Hidrogênio Verde (H2V), tornando-se um pilar fundamental na transição energética do país, substituindo os combustíveis fósseis por fontes limpas, como a eólica, solar e H2V. A região é especialmente adequada para a produção em larga escala e exportação de H2V no mercado internacional, projetado para ter o menor preço global, de acordo com análises de investidores.
Os estados do Ceará e Pernambuco já estão empenhados em parcerias público-privadas para se tornarem centros de produção de H2V. Essas ações estão conduzindo o Nordeste a um futuro promissor, onde o sertão se transformará em um “mar verde”.
Atualmente, o Nordeste Brasileiro enfrenta um momento crucial que impactará tanto o futuro econômico quanto ambiental da região. A Transição Energética já está em andamento, e o Nordeste desfruta de vantagens naturais e geográficas que o colocam em uma posição de destaque em relação aos seus concorrentes no Brasil.
No entanto, é crucial abordar questões sensíveis, como a segurança jurídica. Regras bem definidas e previsíveis são essenciais para atrair investidores confiantes, evitando assim riscos elevados em um cenário político volátil, que poderiam inviabilizar o aporte de capital na região.