Artigo – Síntese de um Estado refém

In Artigosby Rodrigo MakerDeixar um Comentário

COMPARTILHAR:

Por: General Girão

Nesse 24 de março, já contamos com 11 dias de terror e mais de 300 ataques a instalações públicas e privadas de todos os tipos, desde instalações de saúde, inclusive depósito de medicamentos com prejuízo estimado em mais de R$ 10 milhões, prédios da Polícia Militar e do Ministério Público em várias cidades, caminhões públicos e privados, incluindo caminhões de coleta de lixo.

Cidadãos estão perdendo seus únicos bens para atos criminosos que nada tem de simples vandalismos. São ataques discriminados para implantar o medo na população. Aulas suspensas, serviços públicos cancelados, sem previsão de retorno.

Esse é um resumo muito breve dos atos terroristas que estão acontecendo no RN desde o último dia 13 de março. Sim, terrorismo sim. E isso é o que diz, inclusive, a Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016, que, em seu artigo 2º, define o conceito de terrorismo como sendo a prática de atos de destruição, definidos na mencionada lei, por uma ou mais pessoas, motivados por xenofobia, ou qualquer forma de discriminação ou preconceito, com a finalidade de provocar terror na sociedade ou de maneira generalizada.  A lei considera como ato de terrorismo o uso ou ameaça, bem como o porte e armazenamento de explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa.

Tudo isso não é o que está acontecendo no Rio Grande do Norte? Ora, são mais de 300 ataques com o objetivo de destruir, matar, causar terror. Os bandidos chegaram ao ponto de parar um transporte escolar, mandar as crianças descerem e tocar fogo no veículo. Chegaram ao ponto de invadir casas no bairro de Igapó, Zona Norte da nossa capital, e tocar fogo também. Deixar crianças, mulheres e idosos aterrorizados não é terrorismo?

Repito: são mais de 300 ataques registrados em 11 dias. No 8º dia, a facção criminosa tentou explodir a Ponte de Igapó, que tem uma enorme circulação de carros.

Apenas de 22 a 23 de março, um ônibus escolar e um trator foram incendiados em uma oficina localizada no município de Lagoa Nova. Segundo o que se sabe, o ônibus pertencia ao município de Bodó e o trator era particular. Nenhum suspeito deste atentado, em específico, foi localizado.

Por conta dos dias em que o serviço de coleta de lixo na Grande Natal esteve paralisado, o lixo está todo acumulado na cidade e serão mais de 10 dias – se não houver nova paralisação – para colocar em dia.

Um hospital particular da capital suspendeu os atendimentos, após receber a ameaça de bandidos. “Se não fechar, vamos incendiar o hospital”, disseram eles. Um absurdo sem tamanho.

Os crimes não cessam, a população segue aterrorizada e o Governo do Estado segue sem “aceitar” o apoio das Forças Armadas por pura e simples questão ideológica. Não querem ceder ao apoio dos militares para não demonstrar fracasso, inoperância e incompetência. E isso tudo já não está sendo demonstrado diante de tudo que vem acontecendo? Governadora, é hora de pensar no Estado que a senhora diz governar, no povo que vive, mora, produz, comercializa e visita nosso RN. Humildade é bom, ação também!

Leave a Comment